Pedro Defende Reforma Da Máquina Pública, Antes Da Reforma Da Previdência
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) defendeu que o Governo Federal faça a reforma na máquina pública, antes de realizar reformas como a da previdência e a trabalhista. Para o deputado, é necessário cortar gastos e privilégios e não cortar amparo social, prejudicando diretamente a população.
“Não voto a favor da reforma da previdência na forma proposta pelo Governo. Assim como está claro que é preciso reformar, também é óbvio que existem outras reformas mais urgentes. Redução do custo da Câmara, do Senado, da Presidência, das Assembleias, Câmara de Vereadores, Judiciário”, afirmou o deputado.
Dentro da reforma da previdência, o deputado se posiciona contra as modificações nas aposentadorias dos agricultores, porém reconhece a necessidade de mudança em outros aspectos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287). Para Pedro, mexer na aposentadoria do trabalhador rural é contribuir para as desigualdades sociais.
“Estaremos reformando um instrumento de combate às desigualdades, um deles é a aposentadoria do trabalhador rural. Não contem comigo para alterar isso, porque para mim seria uma distorção enorme, mexer em um ponto que afeta o lado mais frágil de uma camada social”, afirmou o parlamentar.
Outro ponto questionado pelo deputado é quanto a idade mínima. “Eu não concordo com a idade mínima de 65 anos, a gente pode trabalhar nisso. A Previdência Social é um instrumento de combate à desigualdade e precisamos avaliar com cuidado qualquer modificação”, disse o deputado.
De acordo com Pedro, o PSDB está elaborando um documento para expor a opinião da bancada sobre as mudanças expostas na PEC. “O PSDB se preocupou com as reformas e realizou palestras com especialistas sobre os temas. Estamos produzindo um documento para colocar as posições do partido, de todos os quesitos que estão sendo abordados”, disse.
Economia no mandato – Na defesa dessa reforma da máquina pública, Pedro renunciou ao auxílio-moradia e aumento do cotão. Reduziu também o número de funcionários no gabinete, fazendo um corte nos gastos, desde o primeiro mês, que já ultrapassa R$ 2 milhões.