Desembargador decide apreciar liminar antes de julgar habeas corpus de Rodolpho Carlos
O desembargador José Ricardo Porto decidiu apreciar liminar antes de julgar o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, preso nessa segunda (24) por atropelar e matar o agente de trânsito Diogo Nascimento. Com isso, o acusado segue na carceragem da Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel.
Rodolpho Carlos foi preso durante a tarde, no prédio onde mora em Manaíra, área nobre de João Pessoa, mesmo local onde o Porsche usado no crime foi apreendido. A defesa entrou com pedido de habeas corpus em caráter liminar à noite. O advogado Sheyner Asfora argumenta que “a decisão [da prisão de Rodolpho] pecou na técnica, uma vez que ao invés de analisar os requisitos da prisão preventiva, o que se vê é uma tentativa de antecipação de pena”.
O desembargador José Ricardo Porto disse que não decidirá sobre o habeas corpus sem antes receber informações do juiz Marcos William, titular do 1º Tribunal do Júri da Capital, que determinou a prisão de Rodolpho Carlos. O acusado passará por audiência de custódia ainda nesta terça.
O caso
Diogo Nascimento foi atropelado na madrugada do dia 21 de janeiro quando trabalhava em uma operação da Lei Seca no Bessa, em João Pessoa. O acusado de atropelá-lo, Rodolpho Carlos, desobedeceu a ordem de parada e avançou um Porsche sobre o agente. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, mas morreu no dia seguinte.
A Justiça pediu que Rodolpho fosse preso, mas o desembargador Joás de Brito concedeu habeas corpus na madrugada do domingo (22), antes mesmo do suspeito ser detido. O carro dele foi apreendido. Durante a semana que se sucedeu ao atropelamento, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba formularam novo pedido de prisão de Rodolpho e o caso ficou pendente até essa segunda-feira.
Notícias do Vale PB com portal correio.