Deputados paraibanos faltam a expediente na ALPB para acompanhar depoimento de Lula em Curitiba
O expediente desta quarta-feira (10), na Assembleia Legislativa da Paraíba, não poderá contar com as presenças dos deputados estaduais petistas Anísio Maia e Frei Anastácio e o socialista Jeová Campos estarão em Curitiba (PR). O motivo é que os parlamentares vão participar de manifestações e caravanas que se deslocam até a capital paranaense para acompanhar o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz federal Sérgio Moro.
“Lula é o político mais perseguido da história do Brasil. É vítima de uma farsa montada pela mídia e setores do Judiciário. Tudo isto está igual aos processos judiciais da época da ditadura, quando já sabíamos o resultado antes mesmo do julgamento. Defender o presidente Lula e o seus direitos de cidadão é defender o estado democrático de direito”, diz Anísio Maia, em nota distribuída à imprensa na manhã desta terça-feira (9).
Na opinião do deputado, a condução da operação Lava Jato para criminalizar Lula configura um caso de lawfare (palavra inglesa que caracteriza uso indevido de recursos jurídicos com a finalidade de perseguição política”. “A acusação inseriu de última hora mais de 100.000 páginas ao processo. É humanamente impossível ler tudo para saber, ao menos, do que está sendo acusado”, observou Anísio.
Ele lembrou que, recentemente, o ministro Gilmar Mendes decidiu que o senador Aécio Neves (PSDB) não poderia ser interrogado a partir de documento que ele desconhecesse. “Mas o objetivo da Lava Jato é meramente político e contra Lula pode tudo”, denunciou o deputado.
No final de sua nota, Anísio Maia acusa membros do Judiciário e do Ministério Público de engajamento político, mencionando o fato de o próprio juiz Sérgio Moro ter gravado e postado vídeo nas redes sociais pedindo calma a seus ‘apoiadores’, enquanto era retratado em capas de revistas semanais com as cores do PSDB e em posição de luta de boxe com Lula.
“Isto é postura adequada para um magistrado? E para comprovar que estamos em uma transição à ditadura, a juíza Diele Zydek proibiu manifestações de apoio ao presidente Lula. Mas, lá estaremos, ao lado do companheiro Lula em qualquer circunstância desse jogo de cartas marcadas”, concluiu o deputado.