Veja lista dos quase 2 mil políticos que a JBS diz ter financiado
O portal Congresso em Foco, de Brasília, publicou no final da manhã desta terça-feira (30) matéria acompanhada da lista dos políticos que a JBS dos delatores Joesley e Wesley Batista diz ter financiado. Lembrando que em delação premiada os dois disseram que direta e indiretamente bancaram campanhas de 1.829 candidatos de 28 partidos nas eleições de 2014.
Leia a matéria e confira a lista
Em delação premiada, o presidente e o diretor de Relações Institucionais do grupo J&F contaram que financiaram, direta ou indiretamente, 1.829 candidatos de 28 partidos na eleição de 2014, entre postulantes a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
Foram repassados quase R$ 600 milhões. Joesley Batista e Ricardo Saud não especificaram o que é propina, caixa dois ou doação legal. Na lista, publicada abaixo pelo Congresso em Foco, há também contribuições para partidos, que distribuíram os recursos entre seus candidatos. Os dados constam de anexo da delação dos dois executivos (na primeira parte da tabela, os eleitos; na sequência, os não eleitos).
Ao todo, um em cada três parlamentares teve a campanha financiada pelo grupo, conforme os delatores. Muitos alegam que não sabiam da origem do dinheiro arrecadado por seus diretórios partidários. Entre os nomes financiados pela JBS estão os dois da linha sucessória de Temer: os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Maia aparece como beneficiário de R$ 100 mil. Já no caso de Eunício não há valor. Em depoimento, Joesley disse ter dado R$ 6 milhões ao peemedebista.
“Eleitos foram 179 deputados estaduais, de 23 estados; 167 deputados federais, de 19 partidos. Demos propina para 28 senadores da República, sendo que alguns disputaram e perderam eleição para governador e alguns disputaram reeleição ou eleição para o Senado. E demos propina para 16 governadores eleitos”, contou Saud.
Em depoimento em vídeo, Joesley relata como eram realizados os repasses: “Tem pagamento via oficial, caixa 1, via campanha política, tem via caixa 2, tem via dinheiro em espécie. Basicamente essa é a forma de pagar. Normalmente acontece o seguinte: se combina o ilícito, se combina o ato de corrupção com o político, com o dirigente do poder público, e daí pra frente se procede o pagamento. Os pagamentos são feitos das mais diversas maneiras. Seja nota fiscal fria, seja dinheiro, caixa 2, até mesmo doação política oficial”.
O Congresso em Foco deixa o espaço aberto para que os citados na delação de Joesley e Saud esclareçam o seu caso se assim desejarem. Basta enviar mensagem para redacao@congressoemfoco.com.br.
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