MPF comprova superfaturamento nas obras de desassoreamento do Parque Solon de Lucena
O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB) já comprovou que houve superfaturamento nas obras de desassoreamento da Lagoa Parque Solon de Lucena. De acordo com o procurador da República Yordan Moreira Delgado, ao menos no âmbito civil está comprovado que houve superfaturamento na execução do trabalho.
Em entrevista ao programa “Fala Paraíba”, da rádio Tabajara, o procurador informou que também há indícios de irregularidade nos trabalhos de tubulação das obras da Lagoa.
O procurador da República revelou que a Polícia Federal deve concluir em até 90 dias os trabalhos de investigação e análise sobre possíveis irregularidades nas obras do Parque Solon de Lucena. Yordan Delgado disse que nessa primeira etapa estão sendo investigadas pessoas que detenham cargos público e não descartou a possibilidade do enquadrar o prefeito Luciano Cartaxo. “A Prefeitura, como pessoa física, só pode ser investigada por crime ambiental”, esclareceu.
O procurador disse que neste momento o prefeito Luciano não está sendo investigado no âmbito criminal. “Está sendo investigado um fato e esse fato nesse momento da investigação não está atingindo diretamente o prefeito, não quer dizer com isso que se descarta a sua participação”.
O procurador da República acredita que ainda neste ano a primeira parte do inquérito que apurar desvio de suposto desvio de dinheiro e até mesmo o direcionamento de edital para a execução das obras de revitalização do Parque Solon de Lucena esteja concluído.
Entrevista com o procurador da República, Yordan Delgado
Entenda o caso
Em 2015, relatório apresentado pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre as obras de revitalização da Lagoa apontou um prejuízo de quase R$ 10 milhões no trabalho. Desse total, R$ 5,9 milhões foram de prejuízos causados por pagamentos em montante superior ao valor dos serviços efetivamente executados no desassoreamento. A fiscalização da controladoria concluiu que volume de material retirado foi menor que o calculado para o pagamento.
A auditoria também identificou um superfaturamento de R$ 3,6 milhões na construção de um túnel para regularização do espelho d’água da Lagoa.
Notícias do Vale PB com ClickPB