Seis dos sete deputados da CCJ querem abertura de investigação contra Temer, diz Cássio
A decisão está com os deputados federais do PSDB, sobre a abertura ou não da investigação contra o presidente da República Michel Temer. É o que pensa o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que fez uma análise política de que o governo Temer acabou, e que o PSDB tem que respeitar a vontade dos deputados federais sobre a questão.
Ele destacou que, dos sete membros que o `PSDB tem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seis já se manifestaram pela abertura da investigação.
“Portanto, não faz sentido o partido, através da sua bancada na Câmara, na sua maioria dos membros majoritariamente, aprovar a abertura do processo investigatório e se manter no governo”, disse, defendendo que é preciso respeitar a instância do partido na Câmara dos Deputados.
Na análise de Cássio, a recessão do país não começou no governo Temer, mas o governo está se sustentando exclusivamente no apoio parlamentar, já que não tem opinião público. Disse ainda que se o deputado relator do processo, Sérgio Zveiter, do próprio PMDB, apresentar relatório autorizando a abertura da investigação, o governo vai entrar em colapso. “E nós teremos que, portanto, dentro da Constituição, encontrar uma saída para esse impasse.
E a Constituição prevê a posse do vice-presidente, mesmo que interinamente, porque na verdade o que nós estamos vivendo é um processo de impeachment, um novo processo de impeachment”, disse Cássio, em entrevista ao Sistema Correio de Comunicação. Ou seja, para Cássio, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), deve assumir, porque faz as vezes do vice-presidente da República.
Da Alemanha, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, reagiu às críticas de Cássio ao presidente Temer. Ele disse que nem Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva foram tratados como o PSDB tem se referido ao peemedebista.
“Do ponto de vista dos interesses do Brasil, não poderia haver ocasião mais inoportuna para os recentes ataques de dirigentes do PSDB ao presidente da República, quando ele representa nosso país na cúpula do G20”, disse, nas redes sociais.
Além de Cássio, o senador Tasso Jereissati (CE), disse considerar que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pode conduzir o país em uma transição até a próxima eleição presidencial, em 2018.
Notícias do Vale PB com ClickPB