ALPB cria Frente em defesa de Rio Tinto
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Gervásio Maia, anunciou nesta quarta-feira (30) que irá instalar a Frente Parlamentar em Defesa do Movimento Liberta Rio Tinto, no município localizado no Litoral Norte do estado.
O anúncio foi realizado após o parlamentar receber representantes do movimento, que luta contra ações de despejo movidas por herdeiros da família Ludgren, que se dizem proprietários dos móveis onde vivem mais de 1,2 mil famílias.
Após anunciar a instalação da Frente Parlamentar, Gervásio adiantou as primeiras medidas que irá adotar em conjunto com o Movimento Liberta Rio Tinto. “Pediremos uma audiência com os ministros das Cidades e do Planejamento em Brasília sobre o tema, desta forma, a atuação dos integrantes desta Frente será extremamente relevante”, afirmou.
De acordo com o procurador-geral José Godoy,uma perícia será feira para que sejam demarcadas as terras pertencentes à União para saber quais as residências estão em terras da União e quais seriam de propriedade privada.
Para ele, é fundamental a união de forças a favor dos moradores desta cidade, lembrando a importância da Procuradoria-Geral da União. “A participação do doutor José Godoy tem sido fundamental na luta dos moradores pela preservação de algo sagrado, que é o direito à moradia. O procurador-geral da União mostrou toda a disponibilidade em ir a Brasília conosco, um auxílio imprescindível”, comentou.
O procurador ressaltou que a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Movimento Liberta Rio Tinto contribuirá para a luta das mais de 1,2 mil famílias. “Além da Assembleia, da bancada federal, do Governo do Estado, de secretários de Estado, existe também a necessidade da atuação de técnicos para que possamos seguir adiantes nessa questão”, argumentou .O prefeito de Rio Tinto, Fernando Naya, elogiou a atitude do presidente Gervásio Maia na instalação da Frente Parlamentar . “Ficamos muito felizes com a atitude do presidente Gervásio Maia, que dá uma demonstração de grandeza”, disse. “Sem a Assembleia seria mais difícil a gente caminhar”, declarou.
O presidente da Associação de Moradores de Rio Tinto, José Antônio, disse que a população vem sendo explorada por herdeiros do Grupo Lundgren. Atualmente, esses moradores reivindicam o direito de posse das casas, doadas pela União ou compradas pela população. “A cidade não cresce, não se desenvolve porque está travada em uma família que não possui interesse no município, mas que continua cobrando mensalmente por aluguéis com preços variados, muitos até extorsivos”, denunciou.
O Movimento Liberta Rio Tinto luta contra ações de despejo movidas por herdeiros da família Ludgren, dona da Companhia de Tecidos de Rio Tinto, desativada na década de 80. Os herdeiros da família Ludgren se dizem proprietários de terras onde vivem 1.266 famílias, formadas por ex-trabalhadores e descendentes da mão-de-obra da unidade fabril.