Mulher abandona recém-nascido em fossa e ainda joga pedras por cima do bebê, na PB
Uma mulher de 25 anos foi presa no Junco do Seridó, a cerca de 320 km de João Pessoa, no Sertão paraibano, por tentativa de infanticídio e abandono de incapaz. Segundo a Polícia Militar, a mulher deu à luz a um menino, sozinha, dentro do mato, na madrugada da última quarta-feira (30). Em seguida, ela amamentou a criança e a abandonou em uma coberta dentro de uma fossa, no bairro Santo Antônio, jogando pedras por cima.
Ela já é mãe de três filhos e escondeu a gravidez da família. Em depoimento, disse à polícia que estava com medo de ser expulsa da casa onde mora com os pais, irmãs, filhos e sobrinhos.
A polícia disse ainda que a criança só foi encontrada porque moradores ouviram o choro do menino. A mulher foi encaminhada para o Presídio Feminino de Patos, onde deverá permanecer à disposição da justiça, que já determinou que ela deverá passar por exames psicológicos que atestem sua sanidade.
“O bebê foi resgatado por uma enfermeira, diretora do hospital local, que o levou para a unidade para prestar os primeiros socorros. Nós continuamos à procura da mãe, que estava desaparecida desde a terça-feira e apareceu nesta sexta (1º), dizendo que tinha abortado e deixado o feto no local”, disse o cabo Damião Barbosa.
O policial explicou que recebeu a ocorrência na manhã desta sexta (1º), por volta de 11h30. “Nós estávamos realizando rondas e veio um mototáxi informar que tinha encontrado um recém-nascido em uma fossa, por trás de uma rua que dá saída para o Sítio Carneiro. Como a irmã da mulher já tinha ido à delegacia falar do desaparecimento, nós fomos até a casa dela e a levamos para depor. Ela confessou tudo. Antes de abandonar a criança, ainda amamentou. Jogou ele enrolado numa coberta, nessa fossa com aproximadamente 1,5 metro de profundidade. E ainda jogou umas pedras por cima”, afirmou Barbosa.
O delegado Ronies Fernandes Feitosa está à frente do caso. A criança é aparentemente saudável e continua internada para passar por exames clínicos. A Justiça deve determinar se alguém da família está apto para criar o menino, caso contrário, ele será encaminhado para adoção.