Em CG, Ricardo critica gestões de Cássio e Maranhão
O governador Ricardo Coutinho (PSB) teceu críticas, nesta terça-feira (19), contra as gestões dos senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão (PMDB). Durante um evento para a entrega do sistema de rádio digital para a Segurança Pública, em Campina Grande, o gestor disse que o crescimento da criminalidade no Estado ocorreu por omissões dos antecessores. De acordo com ele, não houve investimentos em “políticas públicas” voltadas para a área de segurança na primeira década deste século. No período, o comando do Estado foi mantido nas mãos dos dois gestores, tirando um breve período de comando de Roberto Paulino (PMDB), em 2002.
“De janeiro a agosto deste ano, neste Disp (Distrito Integrado de Segurança Pública) de Campina Grande, melhor dizendo, nós tivemos uma redução de crimes contra o patrimônio de 33%. Só um crime, que é o roubo de veículos aumentou. Aumentou 14%. Mas, por exemplo, o roubo em transporte coletivo caiu 62%. Isso aqui é compulsória a notificação. O roubo a estabelecimento comercial caiu 35% em relação ao mesmo período do ano passado. O roubo de motos caiu 35% também. E todo mundo que tem uma moto roubada denuncia. Caiu 35%. Roubo a transeuntes, que nem todo mundo denuncia, caiu 36%. Então, uma política pública de segurança, ela não pretende criar ou vender um paraíso”, ressaltou o governador.
Ricardo Coutinho disse que uma política pública de segurança pretende criar um caminho potencial, progressiva e permanentemente, nos indicadores de criminalidade. “Porque nós passamos uma época na Paraíba, a primeira década neste século 21, em que efetivamente você não se tinha política pública, então disparou tudo. Disparou inclusive a questão dos homicídios que é o que nos preocupa. Os indicadores de taxa de CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais) da Paraíba, hoje, são inferiores a 2009. Ou seja, estamos fazendo um percurso retrocedendo, diminuindo estes indicadores”, ressaltou.
As críticas à gestão de José Maranhão ocorre no mesmo tempo em que o gestor tenta uma reaproximação. O grupo ligado ao governador Ricardo Coutinho defende uma composição de PMDB com PSB para as eleições de 2018. A cabeça de chapa, no entanto, é inegociável. Isso fica claro nas respostas do gestor às perguntas da imprensa. “A Paraívba está avançando e quem avança não pode retroceder”, disse.