Juros do cartão de crédito contribuem com inadimplência; veja dicas para evitar dívidas
Dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostraram que os altos juros do cartão de crédito e do cheque especial têm contribuído para o aumento da inadimplência no comércio. No entanto, de acordo com o Procon-JP, algumas dicas podem evitar o endividamento e até ajudam o consumidor na negociação com os credores. Em agosto, a taxa do rotativo do cartão teve leve redução de 2,4 pontos percentuais em relação a julho, mas continua alta, marcando 221,4% ao ano.
De acordo com o Procon-JP, o consumidor deve agir com cautela antes de efetuar qualquer compra evitando o consumismo exagerado. “Para evitar o endividamento é necessário prudência no controle dos gastos e priorizar o indispensável visando comprometer o mínimo possível do orçamento familiar, eliminando os supérfluos”, informou o órgão.
Um fator que contribui para o comprometimento da renda mensal e que deve ser evitado, segundo o Procon de João Pessoa, é fazer reescalonamento de dívidas. “Para o indivíduo já realizou uma negociação, mas como está no meio de uma bola de neve, reforma a dívida para diminuir as parcelas e aumentar o número das prestações é um erro, já que ele vai pagar muito mais que o valor real de seu débito devido ao alto valor dos juros embutidos na nova negociação”, alertou o órgão.
“Outro erro muito comum é o consumidor pagar apenas a fatura mínima do cartão de crédito justamente por conta dos altos juros e fazer com que o limite do cheque especial faça parte do orçamento familiar”, disse ainda o secretário.
A conta é simples, gastar menos do que ganha, mas muitas pessoas não têm conseguido realizar a operação. E quando o consumidor já não sabe mais o que fazer para quitar suas dívidas e já tentou de tudo mas não consegue limpar seu nome na praça, o Procon-JP pode ajudar nessa negociação. Uma equipe de técnicos e contadores podem agendar uma conversa para intermediar a negociação da dívida entre consumidor e credor, sejam bancos (público ou privado) e demais estabelecimentos comerciais.