Ricardo reage a Barbosa e diz que insatisfeitos podem deixar base
Coutinho cobrou que haja respeito entre os parlamentares.
O governador Ricardo Coutinho (PSB) enviou um recado e deixou as portas do Governo abertas para que os parlamentares que estejam insatisfeitos com o projeto do PSB saiam. A declaração ocorre após o deputado estadual Ricardo Barbosa ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa para atacar o presidente, Gervásio Maia, após anulação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de sua autoria.
Coutinho cobrou que haja respeito entre os parlamentares. “Ninguém é obrigado a estar no projeto, a estar na situação. Para estar na situação, no nosso partido, é preciso que todos respeitem o próximo, a gestão, o que foi construído. Se não quiser, não tem nenhum problema. Cada um sabe o caminho que precisa ir”, afirmou, ressaltando que não direcionou a declaração a nenhum parlamentar específico.
O governador afirmou se sentir desrespeitado diante das últimas articulações em sua base na Assembleia e declarações de Barbosa. “Se alguém me disser um motivo. Qual o motivo central? Querer fazer a votação de uma PEC como se fosse um requerimento. PEC é projeto de emenda constitucional. Mexe com a Constituição do Estado e alguém comandar como se fosse requerimento”, avaliou.
Para Coutinho, é necessário respeito à Constituição, deputados e Governo. “Eu ajudo a todo mundo, sou companheiro de todos, mas é preciso que todo mundo também respeite o projeto que eu tenho a honra de fazer parte”, arrematou em entrevista ao Arapuan Verdade.
Entenda
O presidente da Assembleia Legislativa, Gervásio Maia, anulou a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que extinguia a eleição antecipada e reeleição para Mesa Diretora da Casa, de autoria de Ricardo Barbosa. A decisão do presidente acompanhou parecer da Procuradoria da ALPB, no entanto, Barbosa reagiu e considerou a medida esdrúxula.
A PEC foi aprovada enquanto Maia estava ausente da ALPB, em sessão presidida por João Bosco Carneiro. A proposta recebeu os votos favoráveis de 26 parlamentares e o contrário de Hervázio Bezerra. Posteriormente, Hervázio, Estela Bezerra e Jeová Campos solicitaram à presidência a anulação da aprovação por descumprimento do regimento interno.