Paraibana assume linha de frente em Brumadinho e fala sobre tragédia: “Cenário chocante”
Ela participou de reuniões com o comitê de crise e deve atuar na linha de frente em Brumadinho.
Designada pelo Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Lamachia, a paraibana Marina Gadelha está em Minas Gerais para acompanhar os desdobramentos da tragédia. Ela participou de reuniões com o comitê de crise e deve atuar na linha de frente em Brumadinho. Marina é Presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Ordem.
“É um cenário chocante. São muitas perdas humanas e a lembrança do que aconteceu em Mariana ainda é muito viva, o que só aumenta nossa perplexidade ao assistir algo de tamanha gravidade se repetindo em tão pouco tempo. Os danos ambientais são menores em relação ao que aconteceu em 2015, mas as perdas humanas são muito maiores, infelizmente”, disse.
No momento as atenções estão voltadas às buscas por sobreviventes, revelou a paraibana.
“Graças à solidariedade de muitos, já temos água e comida suficiente e os desabrigados estão sendo atendidos”.
Em relação à atuação da OAB no caso, a Presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente explicou que o papel da Ordem em situações deste tipo é focado “na interlocução entre cidadãos e poder público, garantindo que sejam respeitados os direitos de todos os atingidos direta e indiretamente. Há a também a possibilidade, caso necessário, do ingresso de ação civil pública, mas no momento nosso trabalho é com as famílias”.
A paraibana foi incisiva ao comentar sobre a legislação brasileira em relação às barragens: “As leis brasileiras são muito permissivas neste caso”.
Marina defendeu que barragens como a de Brumadinho deveriam ser proibidas no país.
“Já temos tecnologia para a extração de minério de ferro sem a necessidade de barragens para rejeitos. Claro que é uma tecnologia cara, mas o custo é mínimo se comparado aos prejuízos ambientais e a perda de vidas humanas. Precisamos agir, e com celeridade, para que não mais assistamos tragédias como Brumadinho e Mariana”.