Operação Fantoche: Justiça solta Buega Gadelha e outros membros do “Sistema S”
Presidente da Fiep foi um dos 10 presos durante operação que investiga fraudes em contratos do “Sistema S” com a Aliança Comunciação.
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, foi libertado na tarde desta terça-feira (19). Ele foi um dos dez presos no bojo da operação Fantoche, desencadeada pela Polícia Federal em seis Estados. Ao todo, junto com Gadelha, cinco pessoas foram liberadas por decisão da Justiça Federal. A ação investiga um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo (MTur) e entidades do Sistema S, entre elas o Sesi. Um dos presos foi liberado após audiência de custódia, no Recife (PE). Os outros foram liberados em Brasília. O presidente da Fiep tinha se apresentado à PF no início da tarde desta terça, depois de ser procurado em endereços de Campina Grande.
Foram soltos nesta terça, além de Buega, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; o presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger; o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, e o advogado e presidene do Instituto Origami, Hebron Costa Cruz de Oliveira. De acordo com informações da Justiça Federal de Pernambuco, eles foram soltos porque já foram ouvidos e não havia mais diligências a serem feitas
Permanecem presos os irmãos Lina Rosa, Luiz Otávio e Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva, todos sócios da empresa Aliança Comunicação. Além deles, também estão presos os empresários Jorge Tavares Pimentel Junior, sócio da Neves e Silva Produção, e Júlio Ricardo Rodrigues Neves, da Idea Locação de Estruturas e Iluminação. Pela manhã, o delegado federal Renato Madsen, da PF, afirmou que os alvos da Operação Fantoche são investigados pela criação de empresas de fachada. Segundo ele, os empresários teriam criado empresas sem fins lucrativos para dificultar a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).
A investigação aponta que um grupo de empresas, sob o controle de uma mesma família, vem executando contratos desde 2002 por meio de convênios tanto com o ministério quanto com o Sesi. Eles receberam mais de R$ 400 milhões por esses serviços. Foram cumpridos, ainda, outros 47 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas. Segundo a PF, é investigada a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
Notícias do Vale PB com Suetoni Souto Maior