Combustível pesa no seu orçamento? Vale a pena mudar alguns hábitos

Um dos custos mais preocupantes é com combustível.

A grande variedade de modelos de carros faz com que muitas pessoas tenham dúvidas de qual escolher para colocar em sua garagem. Como se não bastasse escolher um veículo que atenda às necessidades de uso, também é preciso saber quais serão os custos para mantê-lo. E Um dos custos mais preocupantes é com combustível.

Se por um lado a indústria tem investido em tecnologias que tornam os carros cada vez mais eficientes, por outro, o alto preço do litro da gasolina, etanol ou diesel mostra o quanto pesa no orçamento encher o tanque de um carro. Para a conta fechar com mais folga no final do mês, vale a pena mudar alguns hábitos e melhorar o rendimento do carro.

Para isso, separei algumas dicas simples de seguir. Veja e comente também com suas próprias dicas, se tiver:

Definir trajeto antes de sair com o carro

Quantas vezes você errou o caminho e precisou dar voltas desnecessárias para poder chegar no seu destino? Ou então saiu sem rumo para almoçar e só definiu a escolha do restaurante enquanto estava dirigindo? São em momentos como esse que seu carro queima combustível de forma desnecessária.

Mesmo que pareça tão óbvio, é uma das dicas mais importantes para que seu dinheiro pare de sair pelo escapamento. Trace a rota, olhe no GPS, no Google Maps ou no Waze e escolha o caminho mais rápido.

Ao ligar o carro, manter rotações baixas

Bastam algumas horas desligado para que o motor do carro fique com a temperatura ambiente. Logo que é ligado, ele precisa de alguns minutos para entrar em sua temperatura ideal de funcionamento. Até chegar esse momento, este momento de temperatura baixa representa um dos momentos mais críticos para o motor.

Nessa condição, o consumo de combustível é mais alto e só vai se estabilizar no momento da temperatura ideal. Não é preciso ficar esperando com o carro parado, aguardando a temperatura subir. Mas é prudente andar de modo suave, evitar ao máximo subir muito o giro do motor.

Dirigindo com a rotação sempre baixa, o consumo será menor e a durabilidade do motor maior.

Pé leve na condução

Sempre que se pergunta sobre o consumo de um carro, eu costumo dizer que depende. Os dados que os fabricantes divulgam nem sempre serão os mesmos que serão alcançados na prática, já que o modo que o motorista dirige interfere diretamente o consumo de combustível.

Quanto mais o pé direito afunda o acelerador, mais mistura de ar e combustível será enviada para a câmara de combustão, que vai queimar essa mistura em troca de desempenho. Quem se acostuma a guiar de forma racional e com o pé leve percebe, na prática, que a autonomia do carro é bem maior do que se guiasse com o pé pesado.

Murilo Góes/UOL
Imagem: Murilo Góes/UOL

Trocar marchas na menor rotação possível

Pode crer: dono de posto adora motoristas que trocam marcha em rotações mais altas. É certo que a performance do carro será maior, mas qual a necessidade de se fazer isso num ciclo urbano, onde constantemente é preciso desacelerar?

Para quem busca economia de combustível, é fundamental que as trocas de marchas sejam feitas na menor rotação possível. No caso dos carros automáticos, basta aliviar o pé do acelerador que a troca também será feita antes do tempo.

Tire o pé do acelerador ao avistar semáforo fechado

Vejo muitos motoristas que, mesmo sabendo que um semáforo está fechado, continuam acelerando e só param quando estão bem próximos da faixa de segurança. Isso não faz o menor sentido, pois se já sabe que vai parar, para que continuar acelerando.

Ao tirar o pé do acelerador logo que avistar o semáforo fechado, a injeção eletrônica para de enviar combustível para a câmara de combustão e o carro continua rodando pela inércia, até perder velocidade e parar em algum momento. É ainda melhor quando, durante essa prática, o semáforo abre, pois nesse caso basta voltar a acelerar sem que o carro fique parado queimando combustível de maneira desnecessária.

Evite desligar o motor nas paradas a todo momento

Alguns carros mais modernos têm oferecido uma função que desliga o motor assim que percebe que o carro está parado, seja num semáforo ou em um congestionamento. Logo que o pé sai do pedal do freio ou o volante é movimentado, o motor é religado de forma instantânea. Eles têm motores de partida e baterias específicas que toleram um número bem maior de vezes que o motor é ligado.

Mas nos carros que não têm esse sistema, não vale a pena o motorista fazer essa operação por conta própria.

Primeiro que o motor de partida, um componente caro, vai ter vida útil curta. Segundo que, ao religar o carro, uma quantidade maior de combustível é injetada para que a partida ocorra, eliminando toda a possível economia conquistada no período que o motor ficou desligado. Essa prática só vale a pena quando o motorista tem certeza que o carro vai ficar parado por um bom tempo.

Fernanda Luz/Folhapress
Imagem: Fernanda Luz/Folhapress

Tirar o pé em descidas (mas sem banguela)

Toda vez que avistar uma descida pela frente, por menor que ela seja, tire o pé do acelerador e deixe o carro ir sozinho. Como já dito anteriormente, nos carros com injeção eletrônica não é injetado combustível quando não está sendo acelerado. O movimento das rodas fará com que o motor continue funcionando.

Mas isso só dá certo se o câmbio estiver engatado em alguma marcha, portanto esqueça aquela prática antiga da “banguela”, que é descer com o câmbio no ponto morto. Nessa condição, o motor entrará em marcha lenta e será injetado combustível para que o motor continue funcionando, como se estivesse com o carro parado.

Mantenha distância do veículo à frente

É sempre bom manter uma distância razoável do veículo que vai à frente, não só para a segurança, mas também para evitar freadas desnecessárias. Perceba como muitos guiam acelerando e freando a todo momento.

Quem vai atrás, se estiver muito próximo, acaba seguindo esse mesmo modo de condução, que é crucial para gastar mais combustível.

Faça a manutenção preventiva

Antes mesmo de colocar o carro para funcionar, é importante entender que a parte mecânica precisa estar com as revisões em dia, para que o carro possa ter o melhor rendimento possível.

A manutenção tem influência direta no consumo de combustível: calibragem dos pneus, alinhamento, filtros de ar e combustível, óleo do motor e velas.

Evite carregar peso extra

Já percebeu como carros mais pesados são os mais gastões? Isso porque o motor é mais exigido para carregar todo aquele peso.

Dito isso, não é difícil entender que o peso está diretamente ligado no consumo de combustível, portanto evite carregar objetos que não são utilizados dentro do carro. Eu já avaliei vários carros que mais pareciam extensões da casa do motorista, como todo tipo de coisa jogada pelo porta-malas e pelo interior do carro.

Use combustível de qualidade

Só abasteça em postos conhecidos e com preços dentro da realidade do mercado. Preços milagrosos estão sempre atrelados a combustíveis adulterados e, nesse caso, o barato vai sair caro.

Primeiro que o rendimento não vai ser o mesmo, ou seja, o carro vai gastar mais. Segundo que muitas peças podem ser danificadas com combustível ruim. E se você é uma pessoa que roda muito pouco com o carro, evite encher o tanque, pois o combustível perde as propriedades com o tempo.

Coloque apenas aquilo que vai usar, obviamente com alguma margem de segurança.

ANP/Divulgação
Imagem: ANP/Divulgação

Evite acessórios externos

Muitos acessórios externos são vilões do consumo de combustível, por interferir na aerodinâmica do carro. Portanto, se você busca o melhor rendimento possível, descarte itens que não estão no projeto original: colocar pneus mais largos, spoilers, aerofólio e qualquer outro tipo de coisa que não foi prevista no projeto do carro.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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Felipe Carvalho

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Notícias do Vale PB

Luiz Neto. Natural da cidade de Mamanguape, ingressou na área da comunicação, como assessor de imprensa, com atuação na administração pública. Em 2016 assumiu o cargo de Diretor de Edição do Portal Notícias do Vale PB. Correspondente político de diversos portais. Em 2017 passou a compor o quadro de Radialistas da região do Vale do Mamanguape, se tornando analista político e atualmente é Âncora de dois Programas radiofônicos, ‘Diário de Notícias’ (Rádio Litoral Norte FM) e 'Capim Sem Censura' (Rádio Capim FM).

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