Lula revela à revista alemã que Moro e Dallagnol perseguiram-no para evitar sua eleição
Reconhecido como preso político pela Associação Americana de Juristas, Lula afirmou que sempre soube que ele era o alvo.
Do Instituto Lula – Depois de sete meses tentando na Justiça, o jornalista Jens Glünsig, da revista alemã Der Spiegel, finalmente entrevistou o ex-presidente no dia 15 de maio, na Superintendência da Política Federal do Paraná, em Curitiba. Lula falou sobre questões do Brasil e do mundo e mostrou que segue com o pensamento de um estadista, coisa que não vê no atual presidente: “Espero que Bolsonaro recupere a razão e mereça o respeito que um presidente deste país deve ter”.
Reconhecido como preso político pela Associação Americana de Juristas, Lula afirmou que sempre soube que ele era o alvo. “Desde que a Lava Jato começou eu estava convencido de que na verdade ela só tinha um alvo: eu. Eu dizia: não é possível que meus opositores vão tirar a Dilma, que era minha sucessora e do PT, para depois deixar que eu fosse eleito presidente. Isso não fechava”.
Lula entende que o golpe não foi contra ele, contra a esquerda ou contra o PT, mas contra o país. “As elites americanas e brasileiras são contra que 75% das royalties fossem investidos na educação, para que o Brasil finalmente superasse um atraso de 200 anos. Com isso, a gente conseguiria financiar pesquisa, tecnologia e o sistema de saúde. Por isso derrubaram a Dilma. Por isso seguiram-se todas as manobras ilegais para impedir que eu fosse candidato. Eles sabiam que eu seria eleito mesmo que concorresse da prisão. O procurador Deltan Dallagnol, que me perseguiu, é uma marionete do Departamento de Justiça dos Estados Unidos”.