Paraíba tem primeira transmissão de HIV de grávida para filho após três anos sem caso do tipo

Desde 2016, não havia esse tipo de transmissão do HIV de mãe para filho, o que chamou a atenção dos profissionais da Saúde do Estado.

Uma criança foi infectada por HIV após transmissão vertical, que é a transmissão de mãe gestante para filho. Além disso, 16 mulheres gestantes foram diagnosticadas com o vírus, conforme relatado no boletim epidemiológico da Gerência Operacional das IST/HIV/Aids/Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgado nesta segunda-feira (22). Desde 2016, não havia esse tipo de transmissão do HIV de mãe para filho, o que chamou a atenção dos profissionais da Saúde do Estado.

“Este é um fato relevante já que, desde 2016, não havia casos de transmissão vertical. É importante ressaltar que, apesar do incremento de testes rápidos distribuídos para as unidades de saúde da família, serviços de referência, maternidades e o uso do Protocolo de Prevenção da transmissão vertical, ainda ocorrem casos no estado. A nossa sugestão é uma maior qualificação da assistência, durante o pré-natal, e mais atenção no período de puerpério/amamentação, pois a transmissão pode ocorrer nesse período”, disse a gerente operacional de HIV/Aids, da SES, Ivoneide Lucena.

Saiba mais

A SES desenvolve várias estratégias para enfrentamento do HIV/Aids. Entre elas, capacitação para teste rápido nos municípios e serviços de saúde; serviços de referência para testagem e assistência às pessoas com HIV/Aids (Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Serviços de Assistência Especializada (SAE); ampliação de serviços para oferta da Profilaxia Pós-exposição; criação do Comitê Estadual de investigação de casos de transmissão vertical do HIV, apoio aos projetos de ONG´s que promovem ações de prevenção junto às populações vulneráveis e oferta de cursos à distância para professores e alunos da rede estadual, objetivando a qualificação e oportunizando a discussão em sala de aula com temáticas como sexualidade, respeito às diferenças, prevenção às ISTs e discussão de gênero.

Profilaxia Pós-Exposição – PEP

A PEP é uma forma de prevenção de urgência à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicamentos que precisam ser tomados por 28 dias, que deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo, em até 72 horas para reduzir o risco de adquirir a infecção. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio: violência sexual, relação sexual desprotegida e acidente ocupacional.

Profilaxia Pré-Exposição – PrEP

A PrEP consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus causador da Aids infecte o organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus. Ela é indicada para pessoas que têm maior chance de entrar em contato com o HIV.

“Ainda há muito a ser feito na promoção, prevenção e na atenção, além do apoio e das ações de promoção vinculadas à luta contra o preconceito, o estigma e a discriminação, como ações estratégicas para o enfrentamento da epidemia de HIV/Aids”, concluiu Ivoneide.

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Notícias do Vale PB

Luiz Neto. Natural da cidade de Mamanguape, ingressou na área da comunicação, como assessor de imprensa, com atuação na administração pública. Em 2016 assumiu o cargo de Diretor de Edição do Portal Notícias do Vale PB. Correspondente político de diversos portais. Em 2017 passou a compor o quadro de Radialistas da região do Vale do Mamanguape, se tornando analista político e atualmente é Âncora de dois Programas radiofônicos, ‘Diário de Notícias’ (Rádio Litoral Norte FM) e 'Capim Sem Censura' (Rádio Capim FM).

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