Citado por Livânia em delação, Efraim Filho coloca sigilos à disposição da Justiça e rebate: “quem não deve, não teme”
"Coloco meu sigilo bancário, telefônico e fiscal a disposição da justiça. Quem não deve não teme”.
Em novo trecho que se tornou público da delação premiada concebida no âmbito da Operação Calvário, a ex-secretária de Estado da Administração, Livânia Farias, afirmou que o deputado federal Efraim Filho (DEM) havia recebido R$ 2 milhões, como parte do pagamento pelo apoio ao projeto de reeleição do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), nas eleições de 2014. Ao tomar conhecimento da citação pela imprensa, o parlamentar, que é líder do Democratas na Câmara Federal, tratou de desmentir a informação e colocou os sigilos bancário, telefônico e fiscal à disposição da justiça.
“Tomei ciência pela imprensa da citação do meu nome, nas investigações em curso, como que no ano de 2014 tivesse recebido ajuda de campanha para apoiar a chapa do então governador. Absolutamente nego essa ilação feita contra mim, sem apresentar uma prova ou sequer uma data. As contas da minha eleição 2014 foram analisadas, julgadas e aprovadas pela justiça eleitoral”, diz Efraim Filho em nota.
“Ao rechaçar totalmente essa inverídica acusação, e mesmo sem estar no rol de investigados pela operação, coloco meu sigilo bancário, telefônico e fiscal a disposição da justiça. Quem não deve não teme”, conclui.
Ainda segundo a delação de Livânia Farias, o valor de R$ 2.000.000,00 teria sido entregue à Efraim Filho da seguinte forma: metade (R$ 1 milhão) em mãos por meio do ex-secretário Executivo de Turismo, Ivan Burity, no dia em que o acordo foi fechado; e o restante teria sido repassado em parcelas de R$ 250 mil.