Coronavírus: paraibanos correm para farmácias em busca de máscaras e álcool em gel; médico vê exagero
Para o infectologista Fernando Chagas, porém, há muito exagero e pessoas gastando dinheiro com produtos que em nada ajudam.
A procura por produtos como álcool em gel e máscaras tem aumentado nas farmácias de João Pessoa após a confirmação do primeiro caso do novo de Coronavírus no Brasil, e a suspeita de um caso na Paraíba. Para o infectologista Fernando Chagas, porém, há muito exagero e pessoas gastando dinheiro com produtos que em nada ajudam.
Em uma das unidades da Drogasil, localizada na Avenida Epitácio Pessoa, já não era possível encontrar nem máscaras nem álcool em gel na manhã desta quinta-feira (27). De acordo com um funcionário, o estoque acabou na quarta-feira (26), embora o abastecimento esteja normal. O que levou à falta dos produtos foi a alta procura.
Já em uma unidade da Pague Menos, na mesma avenida, ainda havia algumas unidades de álcool em gel de tamanho pequeno, já que as de tamanho grande foram vendidas rapidamente. A gerente da loja disse que haveria um novo abastecimento ainda hoje à tarde.
O uso de máscaras, porém, é considerado um exagero pelo infectologista Fernando Chagas, que atua no Complexo Hospitalar Clementino Fraga, o hospital de referência para o tratamento da doença em João Pessoa. Segundo ele, não há necessidade de pessoas que não estão doentes usarem o equipamento de proteção, exceto se forem ter contato com algum familiar doente. “Mas o coronavírus não tem circulação aqui”, afirmou.
O médico destacou que muitas pessoas têm corrido para comprar vitamina C, e outros tipos de vitamina, mas não há nenhuma comprovação de que esses produtos pode ajudar a prevenir a doença.
Em relação ao álcool em gel para limpar as mãos, Fernando Chagas explicou que só o álcool a 70% tem o poder de destruir vírus, mas lavar as mãos com água e sabão faz o mesmo efeito. O álcool tem utilidade quando não há um local para lavar as mãos por perto.