Arquidiocese da PB relata indignação por condução de padre à delegacia; veja nota
O religioso, na ocasião, gravou um vídeo no qual criticou a prefeita do Conde, Márcia Lucena, responsabilizando-a por sua prisão
A Arquidiocese da Paraíba divulgou, na tarde desta quarta-feira (07), uma nota na qual informou que acompanha com indignação o episódio ocorrido no último sábado, dia 03 de outubro, quando foi informada que um dos seus sacerdotes, o Padre Luciano Lustosa, administrador da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na cidade do Conde/PB, foi conduzido de forma coercitiva para a delegacia da cidade de Alhandra/PB.
O religioso, na ocasião, gravou um vídeo no qual criticou a prefeita do Conde, Márcia Lucena, responsabilizando-a por sua prisão e atribuindo o fato à decisão dele de ter pintado o cruzeiro em frente à igreja de marrom, quando a prefeitura havia pintado de azul.
CONFIRA A NOTA
“A Arquidiocese entende que se tratou de uma exposição desnecessária no contexto de um estado democrático de direito e respeito às garantias fundamentais do cidadão. Causa-nos estranheza que um sacerdote seja abordado por agentes públicos sob a alegação de que teria cometido um crime de desobediência, sem que os mesmos tenham uma determinação judicial que justificasse tal ato ou diante de um flagrante delito. A Arquidiocese, através do seu Arcebispo Metropolitano e da Assessoria Jurídica, está acompanhando toda a repercussão deste episódio, tudo para que a verdade seja esclarecida. À comunidade católica arquidiocesana, informamos que o Padre Luciano está sendo devidamente assistido de modo institucional, jurídico e espiritual. À sociedade paraibana, apresentamos o nosso desejo de que tudo seja resolvido com a licitude e lisura necessárias. Reivindicamos que o caso seja acompanhado com o devido respeito às pessoas envolvidas e às instituições públicas e religiosa, que buscarão todos os meios para elucidar o caso, à luz da justiça, da democracia e da verdade, tudo a evitar qualquer espécie de abuso de autoridade posterior”.
A prefeita Márcia Lucena negou que tenha determinado a prisão do padre ou mesmo orientado a Guarda Municipal para que tomasse qualquer atitude contra o religioso.