Auxílio emergencial deve mudar o foco e voltar como ‘BIP’; entenda

O novo modelo deve custar pouco mais de R$ 6 bilhões por mês, cifra muito distante dos R$ 50 bilhões gastos mensalmente com as parcelas de R$ 600 pagas a mais de 64 milhões de pessoas na primeira metade de 2020.

O governo federal pode anunciar nos próximos dias a liberação de três parcelas de R$ 200 para trabalhadores informais que não são atendidos pelo Bolsa Família. Muitas pessoas esperavam o retorno do auxílio emergencial nos moldes do ano passado, mas a ideia da equipe econômica do governo Jair Bolsonaro é restringir o recebimento do benefício, aumentando os critérios mínimos para o recebimento do valor.

A alteração, pelo menos neste momento, também engloba o nome do benefício: deve deixar de ser “auxílio emergencial” para se tornar Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

Segundo o jornal Folha de SP, para receber o auxílio a pessoa será obrigada a participar de um curso de qualificação profissional e a ideia do governo é associar o programa ao Carteira Verde e Amarela, que deve ser relançado pelo Executivo para reduzir encargos trabalhistas e estimular a formalização dos profissionais de baixa renda.

Apesar de levar a mesma ideia de ajuda do Estado a pessoas que estejam passando por momento de dificuldade de renda com a crise da pandemia, o BIP não terá o mesmo caráter de distribuição de renda como foi com o auxílio no ano passado. O novo modelo deve custar pouco mais de R$ 6 bilhões por mês, cifra muito distante dos R$ 50 bilhões gastos mensalmente com as parcelas de R$ 600 pagas a mais de 64 milhões de pessoas na primeira metade de 2020.

Pelos cálculos do governo, mais de 30 milhões de pessoas consideradas “invisíveis”, que estão entre a população que não trabalha e não recebem o Bolsa Família, podem receber o Bônus.

O orçamento do BIP também será feito de outra forma: a equipe econômica do governo vai propor, segundo o jornal, a inclusão de uma cláusula de calamidade pública na PEC do Pacto Federativo, travada no Congresso desde 2019. Com isso, os pagamentos podem ser feitos e o teto de gastos não será violado, já que o governo garante alguns gatilhos fiscais no Orçamento.

A ideia, no entanto, ainda precisa de alguns pontos para avançar, como por exemplo o sucesso da vacinação contra a covid-19, considerada pelo ministro Paulo Guedes o balizador do retorno de qualquer programa de distribuição de renda. Isso significa que o auxílio emergencial, ou o BIP, segue em compasso de espera.

Istoé

Tags

Notícias do Vale PB

Luiz Neto. Natural da cidade de Mamanguape, ingressou na área da comunicação, como assessor de imprensa, com atuação na administração pública. Em 2016 assumiu o cargo de Diretor de Edição do Portal Notícias do Vale PB. Correspondente político de diversos portais. Em 2017 passou a compor o quadro de Radialistas da região do Vale do Mamanguape, se tornando analista político e atualmente é Âncora de dois Programas radiofônicos, ‘Diário de Notícias’ (Rádio Litoral Norte FM) e 'Capim Sem Censura' (Rádio Capim FM).

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adblock Detectado

Considere nos apoiar desabilitando o bloqueador de anúncios