“Recebi ameaça de morte”, diz médica que recusou Ministério da Saúde
Durante uma entrevista à CNN, a cardiologista confirmou que foi alvo de ameaças de morte
A médica Ludhmila Hajjar confirmou na tarde desta segunda-feira (15) que negou o cargo de Ministra da Saúde por divergências técnicas com o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Durante uma entrevista à CNN, a cardiologista confirmou que foi alvo de ameaças de morte, mas deixou claro que vai cumprir o juramento que fez na graduação e cuidará de pacientes ‘da esquerda e da direita’.
“Eu recebi ataques, tentativa de invasão no hotel que eu estava, ameaças de morte, fui agredida com áudios e vídeos falsos com perfis. Mas estou firme e forte aqui. Hoje volto para São Paulo para continuar a minha missão, que é ser médica. Estou à disposição do meu país e vou continuar atendendo pessoas da direita e da esquerda”.
A médica alegou nunca ter declarado uma posição política e que o seu partido é o “Brasil”. “A missão do médico é cuidar, confortar, salvar a quem quer que seja e isso muito me honra”, esclareceu. Os ataques, na visão de Ludhmila Hajjar, são fruto de grupos ‘radicais’ que ‘defendem o discurso da polarização’.
A médica acredita que as atitudes tentam diminuí-la, mas que ela se sente honrada em cumprir com o que a medicina determina.