R$700 MIL EM GASOLINA E R$136 MIL PRO CUNHADO: TCE pode ter que investigar gastos de Alagoinha durante pandemia
As informações são do Sagres e dão conta que até o mês de agosto foram gastos mais de R$700 mil em combustível.
A prefeitura de Alagoinha tem focado boa parte dos recursos de saúde num insumo no mínimo inusitado. Num momento em que, mesmo com a vacinação, os municípios ainda lutam contra a pandemia do covid-19, Alagoinha compromete quase R$70 mil por mês em gasolina.
As informações são do Sagres e dão conta que até o mês de agosto foram gastos mais de R$700 mil em combustível. Além de recursos da própria gestão, a prefeitura usou recursos do Fundo Municipal de Saúde para os gastos com o combustível de motos e carros da prefeitura. O único posto a levar a “bolada” é o Posto Bandeirantes.
O Tribunal de Contas da Paraíba terá que apurar os valores gastos pois comparativamente, a cidade de Pirpirituba, gastou no mesmo período cerca de R$166 mil comprando combustível na mesma região do Brejo Paraibano.
A transparência da prefeitura também aponta para uma prática irregular. O cunhado da atual prefeita já recebeu por meio de um serviço de escritório de contabilidade o valor de R$138.200,00 até o momento. O escritório Silva & Melo é de propriedade de Ardiles Melo Silva, casado com uma irmã da prefeita Maria de Zé Roberto.
Ao colocar um cunhado como fornecedor do município, a gestora coloca em risco seu cargo, pois um processo de improbidade administrativa poderá afastá-la da prefeitura.
Maria de Zé Roberto foi eleita prefeita após passar dois anos ocupando o cargo interinamente. O ex prefeito, Jeová José se afastou por problemas de saúde e deixou a vice, Maria, comandando Alagoinha, então não seria a primeira vez que a prefeita teria que explicar contas. A falta de recolhimento das contribuições para previdência municipal e o não repasse dos descontos previdenciários nos salários dos servidores foram os principais motivos, que levaram à rejeição as contas da prefeitura em 2018. A prefeita teve que colocar em dia o pagamento de quase R$4 milhões.
ExpressoPB