Em 2019, salário mínimo comprava 70 litros a mais de gasolina no Brasil

Agora, em dezembro de 2021, com o piso atual de R$ 1.100 só dá para pôr no tanque 163,9 litros por mês, uma queda de 30%

Os motoristas brasileiros têm motivo para sentir saudade do início do governo do presidente Jair Bolsonaro. Em janeiro de 2019, o salário mínimo da época comprava 70 litros de gasolina comum a mais do que é capaz de bancar atualmente, quase três anos depois.

Há 35 meses, o preço médio do litro do combustível no país, aferido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), era de R$ 4,268, o que permitia adquirir 233,8 litros de gasolina comum com o piso nacional, de R$ 998 na época.

Agora, em dezembro de 2021, com o piso atual de R$ 1.100 só dá para pôr no tanque 163,9 litros por mês, uma queda de 30% em relação à quantidade de gasolina que era possível comprar em janeiro de 2019.

Se a intenção fosse suprir essa diferença e devolver aos consumidores o poder de compra para adquirir esses 70 litros perdidos, o salário mínimo deveria ser reajustado para R$ 1.568, e não para os R$ 1.169 previstos na proposta de Orçamento para 2022, enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso em agosto.

Mais recentemente, o Ministério da Economia deu a entender que o piso nacional pode saltar no ano que vem para R$ 1.210. Ainda assim, isso representa R$ 358 menos do que seria necessário para manter o consumo de gasolina do começo de 2019.

O diretor-técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Fausto Augusto Júnior, diz que o aumento da gasolina afeta diretamente a classe média, que deixa mais dinheiro nos postos, mas também as pessoas mais pobres, normalmente as mais prejudicadas pela inflação.

“Uma hora ou outra a tarifa do transporte público vai subir e, a curto prazo, esse gasto a mais de indústrias e lojas com o combustível vai ser repassado para o consumidor”, afirma ele.

R7

Tags

Notícias do Vale PB

Luiz Neto. Natural da cidade de Mamanguape, ingressou na área da comunicação, como assessor de imprensa, com atuação na administração pública. Em 2016 assumiu o cargo de Diretor de Edição do Portal Notícias do Vale PB. Correspondente político de diversos portais. Em 2017 passou a compor o quadro de Radialistas da região do Vale do Mamanguape, se tornando analista político e atualmente é Âncora de dois Programas radiofônicos, ‘Diário de Notícias’ (Rádio Litoral Norte FM) e 'Capim Sem Censura' (Rádio Capim FM).

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Adblock Detectado

Considere nos apoiar desabilitando o bloqueador de anúncios