Médicos sugerem que governo e prefeituras desobriguem uso de máscaras na Paraíba
No texto, as entidades sugerem que as gestões estadual e municipais flexibilizem, de forma imediata
A Associação Médica da Paraíba (AMB-PB) e o Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB) emitiram uma nota conjunta na tarde desta quarta-feira (06) sugerindo que as autoridades sanitárias possam avançar no processo de flexibilizações de medidas adotadas para o combate à Covid-19 no Estado.
No texto, as entidades sugerem que as gestões estadual e municipais flexibilizem, de forma imediata, a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre para toda população paraibana e para crianças com até 12 anos em qualquer ambiente, inclusive escolas.
A recomendação leva em consideração o avanço da cobertura vacinal, o baixo nível de ocupação hospitalar e a queda dos casos e mortes por Covid-19 na Paraíba.
A nota recomenda também a revogação da exigência do passaporte da vacinação em escolas e instituições de ensino, assim como a suspensão dos efeitos da lei que instituiu a necessidade da apresentação do cartão da vacina contra o novo coronavírus para o cidadão que deseja entrar em estabelecimentos públicos ou privados.
Segundo as entidades, caso não haja piora nas condições epidemiológicas nos próximos 14 dias, as gestões deverão tornar facultativo o uso de máscaras em todos os ambientes e restringir a cobrança do passaporte vacinal (ou testes RT-PCR de até 48 horas) exclusivamente para condições especiais de aglomeração, com maior risco de contaminação em massa, como eventos com mais de 500 pessoas.
A Associação e o Sindicato ainda pede que seja decretado o fim do estado de calamidade pública e que sejam estruturados comitês consultores para o Estado e para cada município, com pelo menos um representante indicado pelo CRM-PB, um pela AMB-PB, outro pelo SIMED-PB e um quarto representante da comunidade científica acadêmica, preferencialmente médico pesquisador de Universidade Pública, para que se juntem aos representantes dos respectivos poderes executivos, do poder legislativo e da justiça, com o objetivo de discutir, reavaliar e readequar constantemente as estratégias e ações de combate à COVID-19 sob o manto de evidências científicas atualizadas, otimizando sua efetividade e minimizando potenciais danos individuais e populacionais delas consequentes, tanto os de natureza médica, quanto social, psicológica e econômica.