Mulher já nasce lutando, diz Juliette sobre preconceito
Em entrevista ao Lineup antes de subir ao palco, Juliette sobre o preconceito e os desafios na carreira de cantora.
(FOLHAPRESS) – Juliette fez sua estreia em palcos paulistanos numa sexta-feira (13), no palco do Espaço Unimed (zona oeste), novo nome do Espaço das Américas. O show da campeã do BBB 21 faz parte de sua primeira turnê, intitulada Caminho, que começou em março no Rio de Janeiro.
A advogada, maquiadora, influencer e, claro, cantora apresentou ao público canções de seu primeiro EP, como “Diferença Mara”, “Doce” e “Vixe que Gostoso”, além de versões de outros artistas que ela diz admirar, como “Anunciação” e “Morena Tropicana”, de Alceu Valença, “Estrela”, de Gilberto Gil, “Cajuína”, de Caetano Veloso, “Por Supuesto”, de Marina Sena, e “Bixinho”, de Duda Beat.
Em entrevista ao Lineup antes de subir ao palco, Juliette sobre o preconceito e os desafios na carreira de cantora. “Mulher já nasce lutando”, afirma.
“Sendo nordestina e por estar numa carreira em que o público não me reconhecia, muitas pessoas ficam com o nariz torcido, mas depois do show voltam atrás”, diz a artista de Campina Grande (PB).
“Eu acho natural, a vida é assim, a gente sempre estranha o que é novo e tem medo, mas depois a gente aceita e fica feliz”, diz.
Na letra de seu single “Bença”, ela fez um verso “E o preconceito eu só engulo com farinha”. “Eu cheguei aonde cheguei porque não esqueço minhas raízes”, ressalta.
Para a paraibana, o maior desafio desta jornada com o microfone é “aprender executando”. “Estou trocando o pneu do carro andando”, brinca.
No palco, Juliette ficou por quase duas horas com um cenário bem colorido, banda, dançarinos e projeções em telões, que em alguns momentos mostraram artistas admirados por ela: Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico César, Elba Ramalho e Alok, entre eles.
Ao cantar “De Quem É a Culpa”, para homenagear Marília Mendonça, morta em acidente de avião em novembro de 2021, os olhos da sertaneja foram projetados no telão “observando” a performance de Juliette.
Os cactos, como são chamados os fãs e seguidores da artista, acompanham na voz, a plenos pulmões, Juliette em suas canções próprias, alternando com gritos ao longo da noite de “Juliette, eu te amo”, “Juliette, gostosa” e “Fora, Bolsonaro”.
A plateia contou com diversos famosos. Carlinhos Maia, Fernanda Paes Leme e alguns ex-BBBs como Tiago Abravanel, João Pedrosa, o casal Gustavo e Laís e os amigos Viny e Eliezer.
Juliette é apoiada por Anitta e sua equipe nesta trajetória, mas sobre uma parceria musical entre as duas não dá muitas pistas. “Agora a gente está focada cada um em seu projeto. Ela está ocupada sendo a número um do mundo e eu estou ocupada na minha primeira nos palcos”, afirma. “Mas óbvio que o desejo é recíproco.”
A paraibana diz que vai seguir na carreira musical e já tem novos singles no repertório também. “Cansar de Dançar”, que fechou a noite em São Paulo, e “Solar”, ainda sem data divulgada para o lançamento. “Eu estou seguindo o meu caminho e indo para o que me faz feliz. E na música eu sinto isso.”