Comerciantes se queixam e alegam prejuízos em decorrência do protesto de bolsonaristas na Epitácio
Um dos comerciantes lembra que, a Polícia, para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos, decidiu colocar fitas demarcando o local onde os manifestantes devem ficar.
O protesto realizado por bolsonaristas na Avenida Epitácio Pessoa, uma das principais do município de João Pessoa, Capital da Paraíba, começa a gerar queixas por parte de comerciantes da região que alegam prejuízos porque a clientela está, literalmente sumindo de seus respectivos estabelecimentos.
A redação do portal do litoral foi procurada por alguns destes comerciantes, que preferiram não se identificar para evitar represálias e, pelo menos três deles, que são assumidamente bolsonaristas, afirmaram que endossam o pedido de intervenção militar no país, que não aceitam a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro e no segundo turno das Eleições 2022, mas, que estão sofrendo graves prejuízos financeiros por conta dos manifestantes.
Um dos comerciantes lembra que, a Polícia, para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos, decidiu colocar fitas demarcando o local onde os manifestantes devem ficar.
“A Polícia colocou uma fica de alerta ao longo do trecho ocupado pelos manifestantes para que eles não invadam as ruas e prejudiquem o trânsito, mas, essa atitude, juntamente com a permanência deles no ‘nosso’ lado da rua, está impedindo os nossos clientes de voltarem às nossas lojas e isso não posso aceitar”, disse um dos comerciantes.
Já um outro empresário que também procurou a redação, afirmou que se não conseguir reverter a situação de prejuízo que já sofreu, terá que dispensar funcionários já a partir do próximo mês.
“Enquanto cidadão eu tenho o direito de ter minha opinião política, discordar com uns e concordar com outros. Mas, enquanto empresário, não posso me deixar de receber clientes e faturar ou muito menos fechar a loja para me unir aos manifestantes. A situação já está complicadíssima e ninguém que está na porta da minha loja quer dividir o prejuízo comigo. Então, que se resolva o mais cedo possível”, afirmou um outro empresário bolsonarista.
O comerciante que se identificou como lulista, além de reclamar dos protestos que desrespeitam o princípio básico da Democracia, fez uma sugestão: “ou vão para suas casas cuidar das suas vidas e de suas famílias ou fiquem apenas no lado da rua onde está instalada a área militar e levem para lá suas cadeiras de praia, bancos e mesas que levam todos os dias para as portas dos nossos estabelecimentos prejudicando os nossos negócios”.
Os manifestantes se revezam nas ruas desde o dia 30 de outubro, data em que foi declarada oficialmente a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então candidato à Presidência da República, nas Eleições 2022.