Após reunião com Biden, Lula diz que Brasil “volta ao cenário mundial” e promete viagem à África
O mandatário afirmou que o Brasil “volta ao cenário mundial utilizando sua potência política, a respeitabilidade que conquistou”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com a imprensa na noite desta sexta-feira (10) em Washington, nos Estados Unidos, após agenda onde encontrou Joe Biden, chefe de Estado americano.
O mandatário afirmou que o Brasil “volta ao cenário mundial utilizando sua potência política, a respeitabilidade que conquistou”.
Ele ressaltou a importância da relação entre ambos os países no âmbito econômico, político e cultural, dizendo ter conversado com Biden sobre interesses das nações “tanto no campo da igualdade social, racial, quanto no campo da democracia, energia limpa, questão climática e fortalecimento da democracia”.
“Nossas equipes vão continuar conversando em todas as áreas para que a gente possa ter uma evolução muito importante para Brasil e Estados Unidos”, informou.
Lula pontuou que sentiu vontade do presidente Biden em participar da construção de um fundo com todos os países desenvolvidos para “cuidar melhor do nosso planeta”, destacando a necessidade de ajudar países com muitas reservas florestais.
Perguntado se os EUA irão participar do Fundo Amazônia, disse em um primeiro momento que “acha” que sim, mas que não discutiu isso especificamente na reunião de hoje. Em outro trecho, porém, respondeu que Biden irá integrar o fundo.
“O Brasil não quer transformar a Amazônia em um santuário da humanidade, mas também não quer abrir mão de que é um território soberano”, advertiu o presidente.
“Queremos compartilhar com a ciência mundial um estudo profundo sobre a necessidade da manutenção da Amazônia”, complementou.
Viagem à África
Questionado por uma jornalista angolana sobre uma ida ao país, Lula informou que está planejando viagem para Angola, África do Sul e Moçambique.
Ele explicou que essa será uma demonstração de que o Brasil irá reatar forte relação com o continente africano.
“O Brasil deve muito de sua cultura ao continente africano. É uma dívida que não pode ser paga em dinheiro. Deve ser paga em troca de ciência, tecnologia, em ajuda que o Brasil pode dar em ponto de vista do desenvolvimento de várias áreas”, ponderou.
“Vamos fazer isso porque é obrigação histórica e humanitária do Brasil manter belíssima relação com o continente africano”, adicionou. Com informações CNN