Governo Lula vai anunciar plano de incentivo à indústria e volta de carros populares
A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Uma das metas do governo Lula é a volta dos carros populares. A expectativa é que no próximo dia 25 de maio, data em que celebra o Dia da Indústria, é que seja anunciado a retomada do setor automotivo e plano de incentivo à indústria. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
No entanto, esta não será uma tarefa fácil. O setor automotivo se recupera dos impactos causados pela pandemia, com desafios em relação à produção, peças e queda na demanda por automóveis, que chegou a provocar a paralisação de montadoras.
Atualmente, os carros 0 km mais baratos no mercado ficam entre R$ 70 e R$ 80 mil. Dois veículos disputam o posto de mais em conta, sendo eles o Fiat Mobi Like e o Renault Kwid, ambos com preços sugeridos, pelas respectivas montadoras, de R$ 68.990.
Em discurso em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que irá “fazer carros a preços mais compatíveis e aumentar as prestações”.
No decorrer do segundo mandato do petista, entre 2007 e 2010, Lula reduziu impostos para carros e, com inflação e juros favoráveis, muitos brasileiros tiveram acesso ao primeiro carro zero pagando prestações ao longo de seis anos.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMBAC) e a subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entregaram a Lula, um estudo que aponta as possíveis soluções para viabilizar opções por cerca de R$ 50 mil.
“O estudo detalha o setor automotivo e traz diretrizes e propostas do nosso Sindicato que, na nossa avaliação, melhoram substancialmente o setor, preservando e gerando empregos”, explicou o presidente do Sindicato, Moisés Selerges.
“Agora é necessário que a taxa básica de juros baixe para que haja acesso a financiamentos mais baratos. O Banco Central tem que ter responsabilidade com os empregos e os trabalhadores, essa é uma de suas finalidades. É abusivo e inaceitável o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manter a taxa em 13,75% ao ano”, afirmou.
Os sindicalistas englobam no estudo caminhões, ônibus e automóveis. Confira algumas das propostas voltadas para os carros:
- Promover o lançamento imediato de modelos “populares”, com linhas de crédito de longo prazo;
- Incentivar a produção de veículos que considerem grau de nacionalização e quantidade mínima de etapas do processo de fabricação no país;
- Ampliar o programa de estímulo à renovação das frotas de táxis;
- Constituir programa especial de estímulo à renovação dos automóveis operando em aplicativos de transporte;
- Transição do mix de veículos rumo à descarbonização ao longo dos próximos 12 anos;
- Revisar alíquotas de importação de veículos elétricos alinhada à existência de projetos de fabricação nacional.