Cartel de cirurgias investigado na Paraíba movimentou R$ 7,4 milhões
Desses 46 processos, 42 cirurgias foram realizadas pela clínica de propriedade do médico investigado.
A organização criminosa investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) envolvendo cirurgias movimentou R$ 7.443.282,53. O montante, segundo o período inicialmente investigado, é relativo a pelo menos 46 processos judiciais impetrados por duas advogadas – entre ações com pedido liminar e mandados de segurança – que totalizaram um valor de pagos pelo Estado do Rio Grande do Norte.
Desses 46 processos, 42 cirurgias foram realizadas pela clínica de propriedade do médico investigado. Essa clínica era utilizada para a realização de reuniões do médico e advogadas com os pacientes.
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram nesta quarta-feira (26) a operação Escoliose. O objetivo é apurar a formação de cartel por uma organização criminosa que atua no setor de comércio de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) utilizados em cirurgias ortopédicas.
Duas advogadas, um médico ortopedista e funcionários de empresas fornecedoras de órteses, próteses e materiais especiais são suspeitos de participarem do esquema fraudulento, juntamente com sócios e funcionários de empresas de fornecimento do material cirúrgico.