Lira diz que PP, Republicanos e parte do PL já são da base de Lula
As três legendas (PP, Republicanos e PL) fizeram parte da base do governo na gestão anterior e integraram a coligação de Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acredita que, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ceder espaços na Esplanada dos Ministérios e cargos em estatais a dois dos principais partidos do “centrão” ‒ o Progressistas e o Republicanos, o governo deverá contar com uma base mais estável no Congresso Nacional.
Em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo na semana passada e publicada nesta segunda-feira (18), o parlamentar vê hoje a oposição com uma faixa entre 120 e 130 votos cristalizados na Câmara dos Deputados, enquanto o Palácio do Planalto pode contar com 340 ou até 350 “em uma base resolvida”.
Ele lembrou que o acordo costurado no âmbito da minirreforma ministerial também envolveu alguns integrantes do PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também tem entregado votos favoráveis a iniciativas defendidas pelo governo ‒ e que poderá oferecer um auxílio mais expressivo.
As três legendas (PP, Republicanos e PL) fizeram parte da base do governo na gestão anterior e integraram a coligação de Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais.
Durante a conversa com os jornalistas, Lira reconheceu que o ingresso do deputado André Fufuca (PP-MA) no Ministério do Esporte coloca sua sigla na base de apoio de Lula na Câmara dos Deputados. Mas disse que não espera que a legenda entregue os votos de todos os seus 49 deputados. “Nenhum partido dá todos os votos. Mas eu acredito em uma base tranquila”, disse.
“Há uma aproximação de partidos de centro que não faziam parte da base do governo para essa adesão. É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara, a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos”, pontuou.
Segundo o parlamentar, uma parte do acordo celebrado entre Lula e o “centrão” ainda está pendente de cumprimento por parte do chefe do Executivo e envolve a entrega do comando da Caixa Econômica Federal e todas as 12 vice-presidências e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que ficará a cargo do Republicanos.
Pelo acordo, o Progressistas teria o direito de indicar os nomes para o banco público ‒ e as escolhas deverão passar pelo aval de Lira. “Eu tenho uma conversa com o presidente Lula por esses dias. Ainda vou ter que conversar internamente no meu partido. Os nomes serão colocados à disposição do presidente, que fará a escolha”, afirmou.
Notícias do Vale PB