João Pessoa e Baía da Traição: Intervenções para conter avanço do mar pode agravar problema, alerta geógrafo
O problema, segundo o geógrafo, não é que o mar está invadido a cidade e sim, a cidade ocupando o lugar do mar. Isso, segundo Saulo Vital, pode está agravando a situação.
As intervenções para conter o avanço do mar podem está agravando o problema para cidades do Litoral paraibano. Nos últimos dias, João Pessoa e Baía da Traição tiveram avenidas da Orla alagadas ao serem atingidas por fortes ondas.
O fenômeno que provocou a inundação é conhecido como maré de Sizigia. O geógrafo e professor do departamento de geociência da Universidade Federal da Paraíba, Saulo Vital, explicou que isso ocorre quando a maré fica mais elevada devido um alinhamento do sol e da lua que influencia diretamente na gravidade da terra. A maré chegou a 2.8, que segundo o especialista, é uma maré que provoca ondas mais fortes eu o habitual provocando danos a algumas estruturas da cidade.
O problema, segundo o geógrafo, não é que o mar está invadido a cidade e sim, a cidade ocupando o lugar do mar. Isso, segundo Saulo Vital, pode está agravando a situação.
“Essas obras da estaca prancha por exemplo no Cabo Branco, em João Pessoa, vai impactar muito a região porque avança sobre a faixa de pós praia que deveria ser protegida pela restinga. Isso vai causar impacto tanto locais como de vizinhança. O caso de Baía da Traição houve uma clara invasão por moradias e construção que chegam até a praia. Isso gera forte processo erosivo”, argumentou.
Um estudo mais aprofundado para apurar os impactos ambientais com essas obras de urbanismo está sendo realizado por uma equipe multidisciplinar com a participação de profissionais da UFPB e com promoção do Governo do Estado da Paraíba. O estudo tem duração de 18 meses e que será feito em todo o Litoral paraibano deverá apresentar melhores metidas para aliviar esses problemas.
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