Congresso analisa nesta terça vetos da saidinha de presos, fake news e despacho de bagagens

Na última sessão, em 9 de maio, a base do governo conseguiu adiar a análise dos vetos para evitar uma derrota de Lula em temas sensíveis, a exemplo do veto às chamadas “saidinhas”.

Deputados e senadores se reúnem em sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira (28) para analisar 17 vetos presidenciais. São trechos de leis vetados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estão pendentes de análise.

Entre eles, os que tratam da proposta que restringe as saídas temporárias de presos, o que tipifica o crime de fake news com pena de até cinco anos de prisão e o que impôs um calendário de pagamento para as emendas parlamentares.

Na última sessão, em 9 de maio, a base do governo conseguiu adiar a análise dos vetos para evitar uma derrota de Lula em temas sensíveis, a exemplo do veto às chamadas “saidinhas”. A derrubada desse veto é esperada pela base do governo, já que a proposta foi aprovada por maioria absoluta na Câmara e no Senado. O presidente Lula vetou a restrição das saídas dos presos em 11 de abril, sob o argumento de que o trecho era “inconstitucional”.

“Entendemos que a proibição de visita às famílias dos presos que já se encontram no regime semiaberto atenta contra valores fundamentais da Constituição — o princípio da dignidade da pessoa humana, o princípio da individualização da pena e a obrigação que tem o Estado de proteger a família”, disse, à época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

A proposta aprovada pelo Congresso praticamente eliminava as chamadas “saidinhas” de presos durante datas comemorativas. A permissão para saídas temporárias dos presídios seria concedida apenas a detentos em regime semiaberto que estivessem envolvidos em atividades de estudo ou que possuíssem emprego com carteira assinada.

Fake news

Outro assunto que deve ser analisado nesta terça (28) é o veto de Jair Bolsonaro à norma que revogou a Lei de Segurança Nacional e criminalizou ações contra o Estado Democrático de Direito. Na ocasião, Bolsonaro vetou a tipificação do crime de comunicação enganosa em massa, as chamadas fake news. A proposta era que o crime fosse punido com pena de até cinco anos de prisão.

O adiamento da decisão sobre esse veto foi um pedido do líder da minoria no Congresso, senador Flávio Bolsonaro (PL-PR), um dos filhos do ex-presidente.

Calendário de emendas

Também está na pauta o veto parcial à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que prevê um cronograma para a execução de emendas parlamentares. Lula barrou os trechos que obrigavam o pagamento das emendas em até 30 dias após a divulgação das propostas, e os pagamentos em outras áreas deveriam ser feitos até 30 de junho de 2024.

Na época, o Planalto alegou que o trecho da lei iria “aumentar a rigidez na gestão orçamentária e financeira e dificultar a gestão das finanças públicas”. Na prática, o texto da LDO aumenta os poderes do Congresso sobre o Orçamento e diminui o poder de negociação do governo em momentos de votações importantes.

Desde 2015, o governo é obrigado a pagar as emendas parlamentares aprovadas no Orçamento pelo Congresso. É esse dinheiro que os deputados e senadores enviam para os seus redutos eleitorais, geralmente pagando por obras de infraestrutura.

Despacho gratuito de bagagens

O governo negocia para que os parlamentares mantenham o veto presidencial do governo Bolsonaro que impediu o despacho gratuito de bagagens em viagens aéreas. A gratuidade no despacho de bagagens foi vetada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em junho de 2022. Na ocasião, o Congresso aprovou uma lei que flexibilizava as normas do setor aéreo, e um dos artigos proibia as companhias aéreas de cobrar taxas pelo despacho de malas.

O governo vetou esse trecho sob o argumento de que a gratuidade ia contra o interesse público e que, na prática, resultaria em um aumento nos preços das passagens aéreas.

O peso das bagagens variava conforme o trajeto, com limites de até 23 quilos em voos nacionais e 30 quilos em voos internacionais. Desde 2017, as companhias aéreas têm permissão para cobrar pelo despacho de malas. Naquela época, as empresas justificavam que essa cobrança ajudaria a reduzir os preços das passagens, o que não ocorreu.

Notícias do Vale PB

Luiz Neto. Natural da cidade de Mamanguape, ingressou na área da comunicação, como assessor de imprensa, com atuação na administração pública. Em 2016 assumiu o cargo de Diretor de Edição do Portal Notícias do Vale PB. Correspondente político de diversos portais. Em 2017 passou a compor o quadro de Radialistas da região do Vale do Mamanguape, se tornando analista político e atualmente é Âncora de dois Programas radiofônicos, ‘Diário de Notícias’ (Rádio Litoral Norte FM) e 'Capim Sem Censura' (Rádio Capim FM).

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