A secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, Pollyanna Dutra, e o secretário de administração do estado, Tibério Limeira, foram denunciados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no âmbito da Operação Indignus. A atual e o ex-secretário da pasta responsável pelo programa “Prato Cheio” são acusados de integrar uma suposta organização criminosa envolvida em negociações de propinas.
A denúncia tem ao todo 16 denunciados, incluindo também o padre Egídio de Carvalho Neto, que era responsável pela administração do Hospital Padre Zé, alvo de extensa investigação. As acusações abrangem crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade, estelionato e apropriação de valores provenientes de doações e repasses públicos.
De acordo com a denúncia do Gaeco, anotações e mensagens entre o Padre Egídio e a sua então auxiliar Amanda Dantas demonstram a destinação do recurso aos secretários. Nas conversas, Egídio orientava a separação de R$ 50 mil para Tibério.
O valor, ainda de acordo com a investigação, subiu para R$ 70 mil na gestão de Pollyana, que sucedeu Tibério na Secretaria de Desenvolvimento Humano. O aumento do repasse seria atrelado a ampliação do programa na gestão da atual secretária.
Posicionamento dos secretários
Tibério Limeira classificou a denúncia como inconsistente e baseada em documentos de origem duvidosa. “A denúncia está montada em supostos documentos que não guardam a menor confiança, visto que não passam de manuscritos sem qualquer validade legal, podendo ter sido produzidos por qualquer pessoa e em qualquer tempo, com objetivos de imputar a alguém um ilícito”, declarou em nota.
Pollyanna Dutra, por meio de sua assessoria, informou que, até o presente momento, não teve acesso à denúncia citada pela imprensa, desconhecendo o conteúdo e os supostos fatos mencionados. “Ressalta-se que a conduta da Secretária sempre foi retilínea, inexistindo qualquer mácula durante toda sua vida pública. Mais uma vez, a secretária se coloca à disposição do Ministério Público e demais órgãos de controle para contribuir com o esclarecimento dos fatos e a consequente punição daqueles que porventura tenham cometido ilicitudes.” diz a nota.
