Cabo Gilberto classifica denúncia da PGR contra Bolsonaro como ‘ficção’ e aponta perseguição política
Em entrevista, Cabo Gilberto afirmou que o processo legal está sendo distorcido e criticou o que considera uma perseguição sistemática ao ex-presidente.
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O deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB) reagiu duramente à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, considerando o processo um “jogo de cartas marcadas” e uma “peça de ficção”. A acusação de que Bolsonaro teria conhecimento de um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes foi rejeitada pelo parlamentar, que a classificou como uma tentativa de perseguição política.
Em entrevista, Cabo Gilberto afirmou que o processo legal está sendo distorcido e criticou o que considera uma perseguição sistemática ao ex-presidente. “Isso é tudo um jogo de cartas marcadas. É claro que há uma perseguição ao presidente Bolsonaro, independentemente de quem gosta ou não gosta dele. A legislação e a democracia têm que ser respeitadas por todos, mas não é o que está acontecendo no Brasil”, declarou.
Além disso, o deputado atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de não agir com imparcialidade. “Nós temos um ministro [Alexandre de Moraes] que é promotor, investigador, policial, juiz e vítima ao mesmo tempo, reiterando, reiteradas vezes, o desrespeito à Carta Magna do nosso país. Então, a gente não espera imparcialidade nesse julgamento”, afirmou Cabo Gilberto.
Sobre a gravidade da denúncia, que sugere um plano de assassinato de autoridades, o parlamentar foi irônico: “Isso é uma peça de ficção. Como se dá um golpe porque havia um táxi esperando? O presidente Bolsonaro não fez nada de errado. Ele não assinou nada, não fez nenhuma declaração ilegal ou inconstitucional.”
Cabo Gilberto também aproveitou para reafirmar que a oposição já antecipava esse cenário e que a bancada do PL continuará seu trabalho normalmente. “Como eu disse anteriormente, o país está vivendo uma ditadura disfarçada. A gente não esperava que isso deixasse de ocorrer, sabíamos que aconteceria. É só mais uma cortina de fumaça para esconder o caos que é o desgoverno Lula”, afirmou.
Por fim, ao ser questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro pedir asilo em embaixadas caso a Justiça determine sua prisão, o deputado preferiu não especular, destacando que o importante é que a legislação seja respeitada. “Ainda é muito cedo para isso. Vamos aguardar os acontecimentos. Eu espero que a ordem democrática retorne ao nosso país”, concluiu.
Redação