Corte atinge programas sociais e Bolsa Família dos 223 municípios da Paraíba
Não há estimativa do montante que tem deixado de ser repassado para os municípios paraibanos, mas em todo o país, segundo a Famup, o déficit é de R$ 1,2 bilhão.
Há três meses sem receberem recursos para programas sociais do Governo Federal, os municípios paraibanos podem ter que paralisar serviços importantes. O alerta está sendo feito pela Federação das Associações dos Municípios da Paraíba, a Famup. De acordo com a entidade, as cidades estão sem receber recursos de convênios de programas como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centros de Convivência e também para o gerenciamento do Programa Bolsa Família.
Não há estimativa do montante que tem deixado de ser repassado para os municípios paraibanos, mas em todo o país, segundo a Famup, o déficit é de R$ 1,2 bilhão. “O único dos programas que temos recebido é o ‘Criança Feliz’. A falta desses recursos, por parte do Governo Federal, pode inviabilizar esses serviços que são importantes para a população das cidades”, observou o presidente da Famup, George Coelho.
Em muitas cidades os salários dos servidores que trabalham no Cras e Creas, por exemplo, estão atrasados e contratos podem até não serem renovados.
Ajuda da bancada
Diante do risco de descontinuidade dos programas sociais, a Famup tem apelado para a bancada federal paraibana na tentativa de destravar os recursos junto ao Governo Federal. “Estamos entrando em contato com os deputados e senadores para que solicitem uma audiência no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para tratar da liberação dos recursos. Para os municípios, os programas sociais são fundamentais, pois asseguram cidadania”, observou George Coelho.